Angola: Gestores de comunicação social abordam financiamentos de programas infantis
Os gestores de órgãos
de comunicação social públicos e privados reuniram-se na terça-feira,27, para
abordar as políticas públicas para angariar financiamentos para os
programas de conteúdos infantis no Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR).
O secretário de Estado
da Comunicação Social, Celso Malovaloneke, solicitou aos responsáveis das
empresas a apresentarem projectos bem estruturados e credíveis para possíveis
financiamentos.
Celso Malovaloneke
disse existirem vários parceiros de cooperação, interessados em financiar
programas de conteúdos infantis, desde que estejam bem elaborados, tendo em
vista o resgate e o reforço da presença destes nas diferentes estações
radiofónicas e televisivas do país.
“Tivemos grandes marcos
que os conteúdos infantis alcançaram no nosso país, como os programas Piô Piô,
Carrossel, Caçulinhas da Bola e o Suplemento Canuco “, disse Celso
Malovaloneke, lembrando que a história da comunicação social angolana não pode
passar de lado desses grandes marcos que devem ter o seu devido reconhecimento.
Na sua intervenção,
Celso Malovaloneke recordou que a qualidade dos conteúdos infantis nos órgãos
públicos foi sempre uma das preocupações primárias dos grandes nomes da
comunicação social como Rui de Carvalho, Francisco Simons, Luísa Fançony e
vários outros.
Por sua vez, o
porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Nico Volanti,
salientou a rica história da participação infantil na vida pública do país.
“Na música infantil e
em outras actividades para as crianças, a Rádio Nacional de Angola realizou com
êxito o primeiro Festival de Música Infantil, no dia 1 de Junho de 1983, no
auditório Rui de Carvalho”, disse.
Nico Volanti recordou
que na década de 90 as crianças exibiam talentos na sala Piô da Rádio Nacional
de Angola e na Televisão Pública de Angola, em programas infantis e outros
espaços que apelavam a criatividade da criança.
Vilma Alcântara, jornalista
brasileira, que orientou o encontro disse que um dos objectivos do evento foi o
de discutir a inclusão nos meios de comunicação social, a formatação de
programas televisivos, radiofónicos e em jornais para que a criança seja uma
parte fundamental.
“A grande diferença não
é só os meios de comunicação incluírem a criança, mas também ter rádios em
escolas, o que possibilita muito a informação, a intelectualidade, psicologia
de relacionamento das crianças e a própria família”, acrescentou Vilma
Alcântara.
A jornalista brasileira
lembrou que os órgãos de comunicação social angolanos devem trabalhar e criar
formas de conseguir financiamento, principalmente a televisão e a rádio, tendo
apontado a necessidade de se ter criatividade e trabalhar no marketing.